Embora a maioria das pessoas não se dê conta, o cotovelo desempenha funções de grande valor no nosso cotidiano. Sem ele, teríamos enormes dificuldades para comer, tomar banho, dirigir etc. Em boa parte das vezes, só percebemos a sua importância quando há alguma contusão ou mesmo uma fratura de cotovelo.
Três ossos integram essa articulação: úmero, rádio e ulna. O úmero é o maior osso dos membros superiores, conectado ao rádio e à ulna. A fratura de cotovelo pode ocorrer isoladamente em qualquer um dos ossos ou até mesmo em todos eles, de forma conjunta.
No nosso texto de hoje, o assunto é justamente esse: fraturas de cotovelo. Trazemos as causas, os possíveis tratamentos e a situação pós-recuperação. Se interessa pelo tema? Então confira. Boa leitura!
Principais causas da fratura de cotovelo
As causas mais comuns das fraturas de cotovelo são quedas ao caminhar, subir ou descer escadas, acidentes de automóvel ou motocicleta e durante a prática de atividades desportivas. Porém, qualquer espécie de impacto direto (pancadas) ou indireto (que sobrecarrega a articulação do cotovelo) tem potencial para provocar fraturas.
Nas lesões causadas por quedas em que a pessoa apoia as mãos no chão e mantém o braço esticado, a fratura geralmente ocorre na cabeça do rádio, uma vez que o antebraço recebe a maior parte do impacto.
Quedas de costas, em que há o apoio do antebraço no solo para amortecer o impacto, favorecem a fratura da ulna proximal, também chamada de olécrano.
Tratamento e necessidade de cirurgia
Fraturas da cabeça do rádio muitas vezes não exigem cirurgia e podem ser tratadas com a imobilização por meio de tipoia, tala de gesso ou órtese, além de sessões de fisioterapia. Essa avaliação, contudo, deve ser realizada por um ortopedista qualificado, contando com o respaldo de exames de imagem, como radiografia e tomografia.
Na hipótese de fratura da ulna proximal ou do úmero distal, ou seja, da porção do úmero mais distante do tórax, geralmente há necessidade de intervenção cirúrgica. Logo, a imobilização por um longo período poderia comprometer permanentemente a movimentação daquela região, gerando mais problemas do que soluções.
O procedimento cirúrgico geralmente varia de acordo com o tipo de lesão sofrida. Existe a chamada tríade terrível do cotovelo (que consiste na fratura da cabeça do rádio, do processo coronóide da ulna e na luxação do cotovelo), a fratura-luxação transolecraniana, a fratura de Monteggia, entre outras.
Nas fraturas intra-articulares do úmero distal, por exemplo, a cirurgia consiste em fixar o osso fraturado com o auxílio de duas placas de metal e parafusos.
Quando a fratura gera muitos fragmentos, impossibilitando a fixação das placas, o cirurgião costuma optar por realizar a artroplastia, substituindo a cartilagem por um implante metálico. Este procedimento, contudo, geralmente é indicado apenas no caso de pacientes idosos (acima de 70 anos) que sofrem de osteopenia.
Pós-operatório e recuperação
Terminado o procedimento, o ideal é que o tratamento de fisioterapia ortopédica tenha início assim que possível, evitando a rigidez do cotovelo. Alongamentos leves e a utilização de órteses dinâmicas são grandes aliados no processo de recuperação da flexibilidade.
A terapia magnética, que favorece a formação do calo ósseo, pode ser iniciada mesmo se o paciente ainda estiver usando gesso. O tempo de recuperação varia principalmente de acordo com a gravidade da lesão, a idade do paciente e a eventual existência de outros problemas de saúde. De modo geral, o prazo chega a até seis meses.
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