Exercitar-se traz muitos benefícios à saúde, entre eles, a qualidade de vida. Mas sem orientação profissional, pode ocasionar lesões e traumas, como o joelho do corredor — ou condromalácia patelar. Uma doença mais comum em mulheres, trata-se de uma degeneração da cartilagem da rótula do joelho que causa dores na parte da frente ao subir e descer escadas, por exemplo.
No entanto, não é apenas a corrida capaz de ativar essa condição. Quer saber mais? Continue a leitura deste artigo e entenda sobre os sintomas e tratamentos necessários.
Quais são as principais causas da condromalácia?
A condromalácia na verdade não é uma doença. Trata-se de um desequilíbrio. Ela ocorre por sobrecarga na patela. A patela (osso da frente do joelho) trabalha em conjunto com a musculatura anterior da coxa (músculo quadríceps). As duas estruturas juntas são responsáveis por serem nossos aceleradores e freios nos impulsionando e parando todo o tempo. Quando subimos e descemos escadas, agachamos, pulamos, saltamos e corremos, são os momentos que mais utilizamos este mecanismo. Essas duas estruturas (patela + músculo) devem estar equilibradas, de forma que a força das duas deve ser parecida. Geralmente o quadríceps está fraco para a solicitação, não dá conta do exercício e sobrecarrega a patela. A patela sobrecarregada, por sua vez machuca sua cartilagem. Entenda, a cartilagem não tem nenhuma doença, ela desgasta pela sobrecarga da patela gerada pela falta de ajuda do músculo no processo de aceleração/frenagem. Apesar disso, na imagem da ressonância, esse processo dinâmico aparece como a lesão da cartilagem (condro = cartilagem + malácia = amolecimento) e historicamente a doença ficou conhecida como condromalácia. Uma das causas mais comum é a corrida e o início ou retomada de atividades físicas sem preparo prévio.
Há ainda, outros fatores que contribuem para o surgimento do joelho do corredor. Veja a seguir:
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trauma por fricção crônica: nesses casos, nos movimentos comuns como a flexão do joelho ao caminhar, a patela e o fêmur se chocam diretamente, sem a presença da cartilagem;
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desalinhamento de patela: um joelho instável por conta de desequilíbrios musculares é capaz de ocasionar diferentes deformidades, como o joelho do corredor;
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evolução agressiva dos treinos: o erro nos treinos provocados por um aumento abrupto pode ser a principal fonte de desenvolvimento da doença. Isso se dá pela má execução ou sem a supervisão necessária.
Qual o tratamento adequado para joelho do corredor?
A partir de exame clínico e talvez exames complementares, o especialista responsável vai avaliar o método mais adequado, mas no geral, exercícios de fortalecimento e alongamentos são os mais indicados. Entretanto, o tratamento pode levar meses, para uma recuperação completa da musculatura. Tudo depende do desenvolvimento de cada paciente.
Fisioterapia
Após a avaliação médica que analisará o seu caso, se necessário, recomenda-se a fisioterapia com o objetivo de reeducação dos movimentos por meio de alongamentos, além de técnicas de liberação de tecido. Esse recurso não tratará apenas o joelho, mas também o quadril e glúteos, assim o fortalecimento será completo. Em especial, o processo começa pelos outros membros até chegar ao centro do problema.
Pilates
Um método usado na reabilitação é o pilates e pode ser aplicado ao procedimento da condromalácia, uma vez que sua principal função é a estabilização e fortalecimento dos músculos. Alguns exercícios que devem ser recomendados nessa prática são os alongamentos e treinos de potência.
Sempre importante ressaltar que a indicação prévia deve vir por meio do médico e, dessa forma, não agravar o seu caso. Além dessas recomendações de tratamento, é essencial que o paciente continue cuidando da saúde mesmo após o final das sessões, pois a musculatura ainda vai estar frágil, podendo retomar o problema.
Se você praticava esporte antes de desenvolver o joelho do corredor, solicite ao médico orientações de exercícios mais leves para praticar, pelo menos, nos primeiros meses. Assim que a região normalizar, será possível voltar a treinar como de costume, sempre com supervisão.
Restou alguma dúvida sobre a condromalácia? Deixe seu comentário aqui neste post para podermos lhe ajudar.