Ombro e cotovelo

Ombro congelado: o que é isso? É possível evitar?

ombro congelado

O ombro congelado — também conhecido como capsulite adesiva — é uma inflamação articular que costuma atingir pessoas entre 40 a 60 anos de idade, provocando dor intensa e uma grande perda dos movimentos dos ombros, como se eles estivessem realmente congelados.

Normalmente, não é possível saber a etiologia dessa doença em sua forma primária. No entanto, sabe-se que a secundária pode ser provocada por algum trauma, ruptura de tendão ou procedimento cirúrgico.

Sabendo da incidência dessa doença em algumas pessoas, preparamos um post especial com as principais informações sobre ela para que você possa diagnosticá-la ou até preveni-la. Continue a leitura e confira!

Quais são os principais sintomas do ombro congelado?

Os sintomas do ombro congelado podem ser divididos em 3 fases. Na primeira, o principal sinal é a dor noturna forte, que dificulta o ato de dormir sobre o ombro afetado e perdura por vários meses.

Na segunda a dor persiste, os movimentos são perdidos e, em casos raros, a rigidez torna-se ainda mais incômoda que a dor. Além disso, há dificuldade para se vestir, pentear os cabelos e colocar a mão nas costas. Já na terceira fase — fase de descongelamento — o ombro retorna ao normal após 1 a 5 anos do início dos sintomas.

E as suas causas?

Normalmente, não é possível saber a etiologia da capsulite adesiva primária. No entanto, sabe-se que a secundária acontece em pessoas entre 40 e 60 anos, principalmente mulheres que já tiveram algum trauma na região ou que ficaram com o ombro imobilizado por algum tempo. Algumas situações também podem predispor o aparecimento dessa versão da doença, como:

  • traumatismo com ou sem fratura associada;
  • ruptura de tendão;
  • quadros inflamatórios na articulação do ombro;
  • doenças cardiovasculares;
  • cirurgias;
  • diabetes;
  • disfunções da tireoide;
  • AVC;
  • câncer de pulmão.

Como essa doença pode ser diagnosticada?

O diagnóstico do ombro congelado poderá ser feito por um médico ortopedista com base no histórico clínico do paciente e alguns outros exames auxiliares, com radiografias e tomografias do local afetado.

Embora esses exames sejam tipicamente normais, também são importantes para eliminar outras causas, como artrite, tendinite calcária, luxação negligenciada do ombro e síndrome de parsonage-turner.

Quais são os tratamentos mais adequados?

O ombro congelado é uma doença autolimitada que não necessita ser tratada, pois se resolve em torno de 1 a 5 anos. No entanto, devido à incapacidade prolongada que os pacientes enfrentam, algumas intervenções devem ser focadas em acelerar a recuperação do movimento e diminuir a dor. Confira as principais!

Medicamentos

A dor causada pela doença deve ser inicialmente tratada com analgésicos comuns. Os anti-inflamatórios também são boas opções contra o ombro congelado, mas o uso diário por muito tempo não é recomendado devido aos seus efeitos colaterais gástricos e cardiovasculares. Em casos de dor muito intensa, o médico poderá prescrever analgésicos mais fortes, à base de morfina.

Infiltração

A injeção intra-articular de corticoides (infiltração) é uma ótima opção para o controle da dor em seu estágio agudo, principalmente em quem não observa melhoras com o uso de analgésicos ou anti-inflamatórios diariamente. Corticoides por via oral não são indicados justamente pelo alto risco de efeitos colaterais.

Fisioterapia

Após o alívio dos primeiros sintomas, o médico poderá indicar algumas sessões de fisioterapia para melhorar a mobilidade do ombro afetado. Os exercícios devem ser executados de forma leve, sempre utilizando a dor como parâmetro.

Cirurgia

A cirurgia costuma ser indicada apenas nos casos mais graves da doença e quando não existem respostas satisfatórias com outros tratamentos. Seu principal objetivo é libertar a cápsula do ombro, permitindo que a articulação possa voltar a se mover livremente. Em geral, é realizada após 1 ano de doença e numa fase em que há menos inflamação e mais fibrose da cápsula.

Por fim, é importante lembrar que um tratamento precoce ajuda a prevenir todos os incômodos do ombro congelado. Então, se você sentir algum tipo de dor na região que limite a sua amplitude de movimento por um período prolongado, procure seu médico ortopedista urgentemente para o devido tratamento.

E aí, gostou de saber mais sobre a doença do ombro congelado? Identificou algum sintoma e deseja conhecer excelentes profissionais para tratar o seu problema? Então, entre em contato conosco para que possamos ajudá-lo!

Sobre o autor

DR. THALLES LEANDRO ABREU MACHADO

CRMMG 45.610

Graduado em Medicina pela Universidade Severino Sombra (2007), Residência em Ortopedia e Traumatologia pelo Hospital Madre Teresa (2011), Especialização em Cirurgia do Ombro e Cotovelo pelo Hospital Madre Teresa (2012). Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (2012), Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (2013). Membro da Academia Americana de Ortopedia (2016). Cirurgião do Ombro e Cotovelo dos Hospitais Vila da Serra, Unimed BH Contorno, Ipsemg. Preceptor das residências médicas dos Hospitais Unimed BH e Ipsemg. Mestrando em Cirurgia na UFMG (2018).