Saúde e bem estar

Osteoporose: você sabe as causas dessa doença e como evitar?

mulher com osteoporose

Uma doença silenciosa que ataca a massa óssea, principalmente de pessoas mais velhas, em sua maioria mulheres: assim é a osteoporose. A osteoporose faz com que os ossos fiquem frágeis e porosos, podendo causar fraturas com facilidade.

A importância da procura regular por um médico, mesmo com a vida corrida, se faz mais presente ainda na fase adulta, por conta desses problemas que, muitas vezes, nem se manifestam externamente.

É um mal que não tem cura, mas há muitos tratamentos que auxiliam para que você continue tendo a qualidade de vida que busca. Essa enfermidade é mais comum de se manifestar em mulheres acima de 50 anos, devido à menopausa.

Manter uma rotina saudável, alimentação adequada e prática de exercícios físicos pode ajudar você a reduzir os impactos da osteoporose ou, pelo menos, retardar o aparecimento dessa doença tão comum entre os brasileiros. Quer saber quais as causas dela e como evitá-la? Continue a leitura para conferir!

Quais as causas da osteoporose?

Além da condição de mulheres na menopausa, outros fatores influenciam no avanço da osteoporose, como doenças autoimunes, tireoide, sedentarismo, falta de vitamina D, alcoolismo ou tabagismo.

Todos esses motivos fazem com que o corpo não reaja de maneira natural, podendo desencadear o distúrbio, deixando os ossos mais frágeis e causando fraturas com maior facilidade.

Além disso, caso você já tenha histórico na família, precisa ficar atento, pois ela costuma ser hereditária. E se faz parte do grupo de pessoas com diabetes, leucemia ou linfoma, também é necessário ter mais cuidado.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com a osteoporose, sendo que 50% mulheres e 20% homens acima dos 50 anos vão sofrer algum tipo de fratura por conta da doença.

Algumas medidas podem ser tomadas com o objetivo de reconhecer previamente o problema. Saiba quais no tópico a seguir!

Como identificá-la?

Por se tratar de uma enfermidade silenciosa, é de extrema importância fazer acompanhamento médico regular e exames de rotina, e, assim, identificar com antecedência se você está propenso a desenvolver osteoporose.

Mesmo sendo em sua maior parte identificada nas mulheres, os homens também podem ser atingidos em idade superior a 60 anos. As regiões do corpo que mais são afetadas com essa enfermidade são coluna, quadril, colo do fêmur e punho.

Com a falta de sintomas aparentes, a identificação prévia se dá a partir da idade, peso, qualidade de vida, hábitos alimentares, uso de remédios e exame de diagnóstico, a densitometria óssea, que vai analisar a massa óssea.

Além disso, é possível identificar caso você sinta dores crônicas em alguma das regiões mais comuns de se desenvolver o problema, deformidades ou encolhimento, perda da qualidade de vida, evolução de outras doenças como pneumonia, fraturas nas vértebras ou alguma queda.

Como evitar complicações?

Pacientes identificados com osteoporose devem ter um cuidado maior com a saúde, já que fraturas podem ser comuns e as principais causas de complicações da doença.

É possível ter uma rotina normal mesmo após o diagnóstico, desde que sob cuidados e boa combinação de peso ideal, alimentação saudável recomendada por nutricionista, exercícios físicos com supervisão de educadores e instrutores e eliminação de bebidas alcoólicas e cigarro, por exemplo.

Se você é daqueles que gosta de praticar exercícios físicos regularmente, não precisa se preocupar, porque é possível continuar com a sua rotina saudável.

Algumas modalidades são as mais indicadas para auxiliar você nesse período, como caminhadas, que ajudam a aumentar a densidade dos ossos e a melhorar a coordenação motora, e as danças, que são aliadas à movimentação dos quadris como forma de alongamento e circulação sanguínea.

Além disso, você pode continuar praticando musculação, já que ela também ajuda na densidade dos músculos e a fortalecer a camada óssea. Natação, hidroginástica, ioga e ciclismo também são recomendados.

Lembrando que a prática desses exercícios deve ser previamente autorizada pelos médicos, pois, em caso de inflamações, elas precisam ser feitas sob supervisão ou até mesmo suspensas.

Enquanto algumas atividades são recomendadas, outras precisarão ser evitadas para melhorar sua saúde, como é o caso das atividades de alto impacto, como saltos, corridas ou flexões — pois são mais fáceis do paciente se lesionar ou fraturar, podendo agravar a doença.

Como a alimentação pode ajudar nesse processo?

A fim de auxiliar na qualidade de vida, alguns alimentos são recomendados para que o paciente mantenha a saúde em dia, principalmente os ricos em cálcio, já que são essenciais para o fortalecimento dos ossos de quem está com esse problema.

Os laticínios, peixes (como salmão, sardinha e bacalhau), vegetais (como brócolis e espinafre), iogurtes, queijos e leite, soja, nozes, castanhas, linhaça e tomate são alguns deles.

Mamão, batata-doce, cebola, couve, beterraba, agrião, salsa, alface, grão de bico, laranja e ameixa também estão no grupo de alimentos que ajudam você a fortalecer os ossos e a viver melhor.

Da mesma forma que os alimentos citados anteriormente podem ajudar o paciente que foi diagnosticado com osteoporose, outros são prejudiciais para a saúde, sendo o principal vilão o sal de cozinha.

O sal, assim como os demais alimentos ricos em sódio, são altamente prejudiciais à saúde dos ossos. Em excesso, ele também aumenta a pressão arterial, ocasionando outras doenças.

Para manter uma rotina saudável, evite alimentos processados, como caldos em cubo, salsicha ou linguiça, presunto e fast foods. Eles também contêm alto teor de sódio, além de outros ingredientes que não são indicados.

Manteigas ou carnes gordurosas também não devem ser consumidas para quem tem como objetivo reduzir os impactos da osteoporose. Essas comidas têm maior concentração de gorduras saturadas, que diminuem a absorção de cálcio no organismo.

Quais tratamentos são indicados?

Caso seja identificada a osteoporose, o paciente é encaminhado ao tratamento da doença. Os médicos indicados para esse tipo de procedimento são o reumatologista ou ortopedistas especialistas em coluna e quadril.

A osteoporose não tem cura, mas é possível amenizar a perda óssea com medicamentos e cirurgias, que são recomendadas para cada paciente específico, quando há fraturas causadas pela doença. Por isso, não deixe de procurar um médico e fazer o tratamento adequado!

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Sobre o autor

DR. EDUARDO LOUZADA DA COSTA

CRM - MG 46.264

Graduação em Medicina na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Especialização e pós graduação em Cirurgia do Joelho (FELUMA), Mestrado em Cirurgia na Faculdade de Medicina da UFMG, Fellow em Sports Medicine na Stanford University (California - USA), Coordenador do serviço de Cirurgia do Joelho do Hospital da Unimed - BH. Preceptor da Residência Médica do Hospital da Unimed - BH.